MENGO 70 – DA FUNDAÇÃO AO FUTEBOL: PARTE 4 (PENÚLTIMA)

AQUELA PRAIA DOS FLAMINGOS E DAS BORBOLETAS

NAS AREIAS DO FLAMENGO, A PHERUZA “OUVIU” MUITAS SERENATAS ANTES DE SER O BARCO OFICIAL DO CLUBE.

DAS CANTORIAS E BATUCADAS DOS ÍNDIOS TAMOIOS AO LONGO DO RIO CARIOCA, À LUTA HERÓICA DE ESTÁCIO DE SÁ NA ALDEIA VIZINHA DO FLAMIRIM, EM URUÇUMIRIM, EM DEFESA DA CIDADE QUE FUNDARA, AQUELA PRAIA NASCERA PARA O MUNDO CIVILIZADO COMO A ALEGRE HERDEIRA DE UMA VALENTIA, QUE OS ANOS DEVERIAM PERPETUAR.

NA VERDADE, AQUELA PRAIA SERIA A PRIMEIRA EM MUITA COISA PARA O RIO DE JANEIRO. DESDE A INSTALAÇÃO DA PRIMEIRA CASA DE PEDRA E CAL DA CIDADE, – QUE SEGUNDO O DR. MELLO MAORAIS, NA SUA “CHRÔNICA GERAL E MINUCIOSA DO BRASIL” FOI ERGUIDA POR VILLEGAIGNON, SEU OCUPANTE ANTES DO JUIZ ORDINÁRIO PEDRO MARTINS NAMORADO – ELA TEVE TRÊS NOMES: PRAIA DA CARIOCA, PRAIA DO SAPATEIRO SEBASTIÃO GONÇALVES, E, A PARTIR DE 1948 PRAIA DO FLAMENGO.

A HISTÓRIA. DESDE OS PRIMÓRDIOS, NÃO TINHA DÚVIDA EM DEMONSTRAR QUE O CARIOCA E FLAMENGO ERAM A MESMA PRAIA E SERIAM O MESMO POVO. PARA ALGUNS PESQUISADORES, O NOME “FLAMENGO” ORIGINOU-SE NAS AVES VERMELHAS E PERNALTAS, DE BICO FORTE, QUE USUFRUÍAM DA CALMA E DO PITORESCO DO LUGAR. PARA OUTROS, OS HOLANDESES QUE PARA O RIO TRANSFERIDOS E LOCALIZADOS NA REDONDEZAS DA PRAIA, APÓS TEREM SIDO FEITOS PRISIONEIROS NA LIBERTAÇÃO DE PERNAMBUCO, NOS ANOS DO SÉCULO 17, DERAM A ELA SUA COGNOMINAÇÃO DE “FLAMENGOS”.

DE QUALQUER MANEIRA, QUANDO O OFICIAL ALEMÃO C. SCHLICHTHORST, LIGADO AOS BATALHÕES ESTRANGEIROS DO PRIMEIRO IMPÉRIO, DESCREVEU O BAIRRO NOS ANOS SEGUINTES À INDEPENDÊNCIA DO BRASIL, DIZENDO QUE “PASSAM VOANDO OS FLAMINGOS, COM O ESPLENDOR DE SUAS CÔRES BRILHANTES, E AS BORBOLETAS DE TAMANHO NUNCA VISTO”, ÊLE QUE JAMAIS PODERIA IMAGINAR QUE O NOME FLAMENGO VIESSE A SER REPETIDO EM TODOS OS QUADRANTES DO BRASIL COM O MESMO ESPLENDOR CITADO NO CENÁRIO DA PRAIA.

ENTRETANTO, PARA QUE UM NOME PUDESSE BROTAR NO BUCÓLICO DE UM RECANTO PACÍFICO E ALCANÇAR A GLÓRIA NACIONAL, SERIA NECESSÁRIO UM MISTO DE ALEGRIA E TENACIDADE, QUE OS ARES RECORTADOS PELO VERMELHO DOS FLAMINGOS E A HERANÇA DE HEROÍSMO DOS FUNDADORES SERIAM PRÓDIGOS EM INSPIRAR A UM GRUPO DE JOVENS DOS IDOS DE 1895.

NAQUELE TEMPO O MAR CHEGAVA ATÉ QUASE DIANTE DO CASARIO DA PRAIA. UM AREAL DE QUASE 30 METROS DE LARGURA FICAVA DO OUTRO LADO DA RUA ESTREITA E CALÇADAS COM PEDRAS LARGAS POR ONDE DESFILAVAM OS BONDINHOS TRACIONADOS POR BURROS.

ESTAVA BEM DISTANTE O TEMPO DOS GRANDES EDIFÍCIOS E AS CASA DE DOIS ANDARES ERAM POUCAS E PERTENCIAM AO VISCONDE DE GUÁI E ÀS FAMÍLIAS PEDERNEIRAS, RODRIGUES LIMA E LEITÃO DA CUNHA. A JUVENTUDE LOCAL REUNIA-SE AOS DOMINGOS NA PRAIA ONDE TAMBÉM REPETIAM AS SERENATAS, PROLONGADAS NAS NOITES DE LUA CLARA.

PÁGINA 19 – 3 FOTOS (SERENATA – HOMENS COM A BANDEIRA E FLAMINCOS)

A FLAMA

JOÃO MÁXIMO

VEIO CRESCER, POUCO A POUCO, EM MINHA PRÓPRIA CASA, UM RUBRO-NEGRO APAIXONADO. E QUANTO MAIS ÊLE CRESCE, MENOS LHE ENTENDO A PAIXÃO. MUITOS ESTUDIOSOS DO FUTEBOL JÁ TENTARAM DESVENDAR O MISTÉRIO DO FLAMENGO – O MISTÉRIO DE UMA TORCIDA IMENSA, PERMANENTEMENTE INFLAMADA, INCRÌVELMENT FIEL E TERRÌVELMENTE CONTAGIANTE, MAS NÃO O CONSEGUIRAM.

MÁRIO FILHO, POR EXEMPLO, OCUPOU-SE DO ASSUNTO NO ÚNICO LIVRO JÁ ESCRITO SÔBRE A HISTÓRIA DO CLUBE. E O MÁXIMO QUE PÔDE FAZER FOI COMPARAR O FLAMENGO À MULHER AMADA, QUE A GENTE ELEGE SEM SABER POR QUÊ. O MENINO QUE VEJO CRESCER – UM FILHO DE DOZE ANOS – TAMBÉM ELEGEU O FLAMENGO SEM SABER POR QUÊ. E AO FLAMENGO SE ENTREGA, CADA VEZ MAIS, COM A MESMA DOSE DE ABSURDOS COM QUE SE ENTREGARÁ, UM DIA, À MULHER AMADA.

MAS ISSO É APENAS UMA COMPARAÇÃO. NÃO EXPLICA O FLAMENGO, MUITO MENOS O SENTIMENTO QUE ÊSTE CLUBE DE FUTEBOL DESPERTA EM MILHÕES DE BRASILEIROS DE TÔDAS AS CLASSES SOCIAIS, CREDOS POLÍTICOS E RELIGIOSOS, RAÇAS E IDADES. TALVEZ A PSICOLOGIA AINDA SEJA O ÚNICO CAMINHO A SEGUIR, SE HÁ, REALMENTE, INTERÊSSE EM SE SABER POR QUE O FLAMENGO É FLAMENGO,

A PSICOLOGIA OBSERVA QUE HÁ UMA RELAÇÃO ESTREITA ENTRE O FUTEBOL E A RELIGIÃO. DO SUBSTANTIVO LATINO RELIGIO, OU DO VERBO TAMBÉM LATINO RELIGARE, DERIVA A PALAVRA RELIGIÃO. RELIGAR, REUNIR, REINTEGRAR O INDIVÍDUO NUM GRUPO DO QUAL SE HAVIA AFASTADO. O HOMEM MODERNO, MAIS DO QUE AQUÊLE DO COMÊÇO DO SÉCULO, MAIS AINDA DAQUÊLES DO QUE COM SEUS ANTEPASSADOS REMOTOS, ISOLOU-SE EM SI MESMO. SÃO TANTAS AS BARREIRAS QUE TORNAM QUASE UMA COMUNICABILIDADE ABSOLUTA COM SEUS SEMELHANTES, QUE ÊLE É, PARA USAR UMA EXPRESSÃO MUITO EM MODA, UM ESTRANHO NA MULTIDÃO. O ISOLAMENTO, PORÉM, É UM IMPERATIVO, NÃO UMA SAÍDA. VOLTA E MEIA, DESCOBRINDO-SE SÓ, EMBORA CERCADO DE GENTE POR TODOS OS LADOS, ÊLE SE ANGUSTIA, – OU SE DESESPERA – COM SUA PRÓPRIA SOLIDÃO. E BUSCA UM CAMINHO. É, ENTÃO QUE SE RELIGA AO GRUPO, BUSCANDO ASSOCIAR-SE, EM CORPO E ESPÍRITO, ÀQUELES QUE, COMO ÊLE, TAMBÉM ESTÃO SÓS. A ASSOCIAÇÃO É QUASE SEMPRE IDEOLÓGICA. OS HOMENS SE UNEM EM TORNO DE UM DEUS, DE UMA CAUSA POLÍTICA, OU DE UM CLUBE DE FUTEBOL. E SE SENTEM, NESTE MOMENTO, MENOS SÒZINHOS. MAS ISSO EXPLICA A PAIXÃO CLUBÍSTICA, DE FORMA GERAL, E NÃO A PAIXÃO PELO FLAMENGO, EM PARTICULAR. E FICO PRÀTICAMENTE NA MESMA.

HOUVE TEMPO EM QUE PENSEI SER POSSÍVEL DESVENDAR O MISTÉRIO. O FATO DE NÃO SER RUBRO-NEGRO – E TER UM FILHO RUBRO-NEGRO – PARECIA COLOCAR-ME NUMA POSIÇÃO PRIVILEGIADA. OBSERVANDO BEM, DE UM PONTO NEUTRO, TÔDA FORMAÇÃO DE UM TORCEDOR QUE ELEGRA SEU CLUBE POR ACASO, LIVRE DE QUALQUER PRESSÃO, E VENDO COMO SE PROCESSAVA NÊLE AQUELA ENTREGA TÃO FEITA DE ABSURDO, TALVEZ PUDESSE ENCONTRAR A RESPOSTA. MAS ME ENGANEI.

O FLAMENGO, NA VERDADE, NÃO SE EXPLICA. CLUBE DE FUTEBOL OU RELIGIÃO, O SEU MAGNETISMO É ALGO TÃO IRRESISTÍVEL QUE ATÉ MESMO NÓS, QUE NÃO TORCEMOS POR ÊLE, NOS SENTIMOS REPENTINAMENTE ATINGIDOS PELO ESPETÁCULO DA SUA CHARANGA (UMA CHARANGA DE MILHARES DE PESSOAS, COMPRIMIDAS NO CIMENTO DO MARACANÃ), OU PELA MAGIA DE SUAS BANDEIRAS. E, QUANTAS VÊZES NA FESTA DOS ESTÁDIOS, NÃO FOMOS SURPREENDIDOS COM UM NÓ NA GARGANTA, AO VER O FLAMENGO MARCAR UM GOL COMEMORAR UMA VITÓRIA OU SIMPLESMENTE, ENTRAR EM CAMPO? É POR ISSO QUE O FLAMENGO SE TORNA TERÌVELMENYE CONTAGIANTE, COMO SE AMÁSSEMOS A UMA MULHER, E NÃO PUDÉSSEMOS DEIXAR DE VIBRAR, AINDA QUE SECRETAMENTE, PELA MULHER DO VIZINHO.

CERTA VEZ, PERGUNTARAM-ME POR QUE NÃO TENTEI INFLUENCIAR MEU FILHO, TRAZENDO-O PARA MEU LADO E FAZENDO COM QUE ÊLE ESQUECESSE O FLAMENGO. LEMBREI-ME, ENTÃO, DE MÁRIO FILHO, E DAQUELA COMPARAÇÃO COM A MULHER QUE ELEGEMOS POR CASO, SEM SABER POR QUÊ. E FIZ A MIM MESMO UMA PERGUNTA: SE A ESCOLHA NÃO SE FIZESSE POR ACASO E EU PUDESSE ELEGER O MEU CLUBE, HOJE, RACIONALMENTE, MAIS COM A CABEÇA DO QUE COM O CORAÇÃO, O QUE SERIA EU? FLUMINENSE OU BOTAFOGO? VASCO OU AMÉRICA? NÃO SOU DIFERENTE DE QUALQUER OUTRO HOMEM DO NOSSO TEMPO E, COMO TODOS, TAMBÉM ME SINTO REPELIDO A ME RELIGAR, NOS INSTANTES DE SOLIDÃO. E QUE MELHOR RELIGIÃO EXISTE DO QUE ESTA RUBRO-NEGRA, QUE A TANTOS CONSOLA?

E CONCLUÍ QUE MEU FILHO HAVIA ESCOLHIDO CERTO.

A CAMISA

DUARTE GRALHEIRO

NAQUELE ANO (1923) OS TORCEDORES DO FLUMINENSE, BOTAFOGO E AMÉRICA TIVERAM O MESMO PRESSENTTIMENTO. ALGUÉM DEVIA DERROTAR O VASCO E SÓ PODIA SER O FLAMENGO.

O FUTEBOL HAVIA SIDO IMPLANTADO DE CIMA PARA BAIXO. POR SER INGLÊS, ERA MAIS ACESSÍVEL AOS TURISTAS E À JUVENTUDE DOURADA, QUE NAQUELE TEMPO AINDA IA SE FORMAR À EUROPA. E TAMBÉM CUSTAVA CARO. CHUTEIRAS, MEIAS, CAMISAS, BANDEIRAS DOS CLUBES, ERA TUDO COMPRADO NA INGLATERRA. ATÉ MESMO AS FITINHAS COLORIDAS, QUE O TORCEDOR USAVA NO CHAPÉU DE PALHA, PARA DOCUMENTAR UMA INTIMIDADE CAMA E MESA COM O CLUBE, ERAM PRODUTO DE IMPORTAÇÃO. POR CIMA DE TUDO, ERA, O FUTEBOL, UM ESPORTE VIOLENTO. E OS CLUBES AINDA NÃO PAGAVAM O SÔLDO AO MÉDICO PARA CURAR OS FERIDOS. O RICO CURAVA-SE COM O FACULTATIVO DA FAMÍLIA, MAS O POBRE, PROVÀVELMENTE NEM CONHECIA O SINÔNIMO. CURAVA TUDO COM A MESMA RECEITA DO RESFRIADO: DEIXANDO QUE O CORPO LUTASSE E A REAÇÃO ORGÂNICA EXPULSASSE O INIMIGO. TUDO ISSO FÊZ DO FUTEBOL, NOS PRIMÓRDIOS, UM ESPORTE DE ELITE. MAS AS COISAS NÃO IAM FICAR ASSIM, EMBORA, NAQUELA ALTURA, NINGUÉM DESCONFIASSE. O FLAMENGO FOI CAMPEÃO EM 14, COM EQUIPE DE NOVE ESTUDANTES DE MEDICINA, UM DE DIREITO (BAENA) E GALO, QUE NÃO ESTUDAVA PARA COISA NENHUMA, CONFORME DISSE COM SABOR MÁRIO FILHO, O INCOMPARÁVEL COLUNISTA DA HISTÓRIA DO NEGRO NO FUTEBOL BRASILEIRO.

***

            O FILHO DO PAPAI RICO GOZAVA A VIDA RISONHA E FRANCA, TREINAVA POUCAS VÊZES COM BOLA E NUNCA FAZIA GINÁSTICA. AOS SÁBADOS CONCENTRAVA-SE NOS DANCINGS E DEITAVA-SE AO ROMPER DA AURORA, NO DOMINGO DO JOGO.

FOI QUANDO O VASCO FOI À CENA, COM UM TIME DE PRÊTOS E BRANCOS (TODOS POBRES), TRABALHANDO IMPLACÀVELMENTE POR RAMON PLATERO, DURO COMO UM MILITAR PRUSSIANO, UM GORDO YUSTRICH DE CHARUTO.  OS JOGADORES DO VASCO COMIAM DO BOM E DO MELHOR. DORMIAN NA CONCENTRAÇÃO EM MORAIS E SILVA. DEITAVAM-SE DIA CLARO E DESPERTAVAM COM OS GALOS DA AURORA. TODO O SANTO DIA AQUÊLE INDIVÍDUAL, AO ESTILO MILITAR, CAMINHADA PELA SÃO FRANCISCO XAVIER, SUBINDO O BOULEVARD – 28 DE SETEMBRO – E VOLTA NA PRAÇA 7.

DENTRO DO CAMPO, OS FILHOS DE PAPAI RICO, APESAR DE HÁBEIS E TALENTOSOS, NÃO AGÜENTARAM O FUTEBOL AGUERRIDO, DE COMPETIÇÃO, DESENVOLVDO PELO VASCO. CADA VITÓRIA (O VASCO PERDEU APENAS 1 JOGO EM 23) ERA UM GOLPE NO ORGULHO DA GENTE BEM E UM ABALO NA IDÉIA ESTABELECIDA. FUTEBOL NÃO ERA PRIVILÉGIO DE BRANCO. O PÂNICO GENERALIZOU-SE E OS TORCEDORES DO FUMINENSE, BOTAFOGO E AMÉRICA TIVERAM O PRESSENTIMENTO. ALGUÉM DEVIA DERROTAR O VASCO E SÓ PODIA SER O FLAMENGO.

***

E ASSIM FOI. O FLAMENGO DOMOU O LEÃO. OS SEUS JOGADORES SUMIRAM DOS BAILES E DOS DANCINGS E COMEÇARAM A TRABALHAR SOB TENSÃO. NUNCA UM JOGADOR DE CLUBE GRANDE SE HAVIA PREPARADO COM IGUAL APURO. OS REMADRES DO FLAMENGO ENROLARAM SUAS PÁS EM PAPEL DE JORNAL E LEVARAM PARA AS LARANJEIRAS, MARACANÃ DAQUELE TEMPO. VEIO POVO DOS ESTADOS PARA O JOGO E O PEQUENO ESTÁDIO DEITOU GENTE PELO LADRÃO. O FLAMENGO VENCEU POR 3 X 2. O TORCEDOR DO VASCO, INCONFORMADO, FICOU DIZENDO QUE FOI 3 A 3. CARLITO ROCHA, O JUIZ, RECUSARA-SE A DAR O GOL DE EMAPTE, MAS PARA ÊLES A BOLA ENTROU. O PESSOAL DO FLAMENGO NÃO LIGOU. AS COMEMORAÇÕES DA VITÓRIA SUPERARAM AS QUE O VASCO IRIA FAZER PELA CONQUISTA DO TÍTULO. DEPOIS DO JOGO, SAIU DAS LARANJEIRAS UM CORTEJO DE AUTOMÓVEIS E, NO DIA SEGUINTE, A ESTÁTUA DE CABRAL AMANHECEU COM UM COLAR DE RÉSTEA DE CEBOLAS.

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QUATRO ANOS DEPOIS, EM 27, O VASCO ERA OUTRA VEZ UM TIMAÇO. O AMÉRICA LEVARA PENAFORTE, O PEQUENO E DURO PARCEIRO DE HÉLCIO. E, NAQUELE MOMENTO, COMO EM 23, ERA PRECISO PEGAR O VASCO DE JEITO. COMEÇOU O JÔGO E A LINHA VASCAÍNA NÃO SAÍA DA BÔCA DO GOL. AMADO PEGOU ATÉ PENSAMENTO. O FLAMENGO AGUENTOU COMO PÔDE A TEMPESTADE DE RAIOS E TROVÔES. E, ENVOLVENTES E RÁPIDOS MOVIMENTOS DE RESPOSTAS, ATACOU QUATRO OU CINCO VÊZES E MARCOU TRÊS GOLS. FOI A LOUCURA. A TORCIDA DO VASCO, INCONFORMADA, OUTRA VEZ COMEÇOU A DIZER QUE O FLAMENGO NÃO TINHA TIME. E OS RUBRO-NEGROS ACEITARAM A PROVOCAÇÃO DO ADVERSÁRIO PARA SUBLIMÁ-LA. NÃO TINHAM TIME, MAS TINHAM AMADO NO GOL, HÉLCIO DE BEQUE, FRAGOSO E VADINHO NA LINHA, PARA MARCAR GOLS. E NEM ÊSTES ERAM INDISPENSÁVEIS, SE VESTISSEM ONZE CABOS DE VASSOURA COM AS CAMISAS RUBRO-NEGRAS, VENCIAM DA MESMA MANEIRA. O FLAMENGO NÃO ERA UM TIME DE JOGADORES, ERA O TIME DE CAMISAS VENCEDORAS. E FOI ASSIM QUE, CONTRA O VASCO, SURGIU O MITO DA CAMISA QUE JOGA E A LEGENDA DA TUA GLÓRIA É LUTAR.

PESCARIAS E CÔRSO NO CAMINHO DAS REGATAS

AS PESCARIAS, AS DANÇAS, OS ENCONTROS COM AMIGOS E NAMORADAS DE OUTROS PONTOS DA CIDADE, ERAM PROBLEMAS PARA A JUVENTUDE DA PRAIA DO FLAMENGO. ALÉM DISSO, ICARAÍ (DO OUTRO LADO DA BAÍA), BOTAFOGO, SANTA LUZIA E SÃO CRISTÓVÃO JÁ POSSUÍAM OS SEUS CLUBES DE REGATAS. NAQUELE FINAL DE SÉCULO, AS REGATAS ERAM A COQUELUCHE ESPORTIVA DE UMA CIDADE QUE VIVIA À BEIRA-MAR. OS ESPORTES TERRESTRES ERM PRÀTICAMENTE DESCONHECIDOS E A CADA REGATA CORRESPONDIA A PRESENÇA DE UM PÚBLICO ENTUSIASTA, ONDE DESPONTAVAM AS AUTORIDADES DA ÉPOCA, AS BANDAS DE MÚSICA INTERCALANDO ENTRE PÁREOS E O ELEMENTO FEMININO DANDO UM COLORIDO ESPECIAL AOS ACONTECIMENTOS.

TUDO CONCORRIA PARA QUE OS MOÇOS PENSASSEM SÈRIAMENTE NA NECESSIDADE DE COMPRA DE BARCOS, QUE LHE PROPORCIONASSEM DIVERSÃO E ATÉ MESMO A CONDUÇÃO ÀS OUTRAS PRAIAS NAS OCASIÕES QUE LHES PARECESSEM MAIS PROPÍCIAS.

NUMA DAS NOITES DE SERESTA, EM 1895, O GRUPO CONTORNAVA O BANCO DA PRAIA, UNIDO AO SOM DE GUITARRAS E VIOLÕES. APESAR DE JOVENS OS COMPONENTES JÁ SE HAVIAM LIGADO POR FORTES LAÇOS DE AMIZADE E ATÉ HAVIAM CONSEGUIDO SELAR O COMPANHEIRISMO COM A COMPRA DE UMA VELHA BALEEIRA CHAMADA “PHERUZA”, QUE LHES SERVIA DE VIAGEM ATÉ BOTAFOGO.

NO MODO DE VER DE AUGUSTO DA SILVEIRA LOPES, UM DOS INTEGRANTES DO GRUPO DE PROPRIETÁRIOS DO BARCO, AINDA NÃO TOTALMENTE PAGO, ESSAS VIAGENS HAVIAM FORTALECIDO O GÔSTO PELO REMO E, EM MUITAS CONVERSAS, JÁ SE HAVIA FALADO DOS BENEFÍCIOS QUE O ESPORTE REPRESENTAVA À SAÚDE DE CADA UM. ALÉM DO RESPEITO QUE UM REMADOR MERECIA NAQUELE TEMPO, HAVIA A LATÊNCIA DE UM DESEJO ATÉ ENTÃO POUCO EXPRESSADO DA NECESSIDADE DE DIFUNDIR O ESPORTE, DE DAR À PRAIA DO FLAMENGO UM GRUPO SEMELHANTE AOS QUE EXISTIAM EM OUTROS LOCAIS, DE FAZER DO REMO UMA ATIVIDADE QUE PUDESSE CONSTRUIR O FUTURO.

UMA NOITE PARA ENTRAR NA HISTÓRIA

POR TUDO ISSO, AQUELA NOITE DEVERIA ENTRAR PARA A HISTÓRIA, NUM INTERVALO, COM A “PHERUZA” DESCANSANDO NA AREIA, JOSÉ AGOSTINHO PEREIRA DA CUNHA FÊZ A PERGUNTA QUE FALTAVA PARA COMPLETAR O IDEAL DOS OUTROS:

– POR QUE NÓS NÃO FUNDAMOS UM CLUBE DE REMO?

NESTOR DE BARROS E MÁRIO SPÍNOLA, QUE ESTAVAM ENTRE JOSÉ AGOSTINHO E AUGUSTO DA SILVEIRA LOPES, LOGO COMEÇARAM A ENUMERAR AS VANTAGENS DO CLUBE. A VELHA “PHERUZA” ESTAVA ALI MESMO, PRONTA PARA SER TRANSFORMADA EM BARCO OFICIAL DA NOVA AGREMIAÇÃO QUE, DE IMEDIATO, PASSARIA A CHAMAR GRUPO DE REGATAS DO FLAMENGO.

ERA QUASE UM SONHO. TRANSFORMÁ-LO EM REALIDADE PODERIA DESANIMAR AOS QUE NÃO HOUVESSEM HERDADO A ALEGRE DISPOSIÇÃO PARA O TRABALJHO DOS CARIOCAS E DOS FLAMENGUISTAS, A PARTIR DAQUELE MOMENTO EXISTENTES. EM PRINCÍPIO, COMO SE PODERIA FUNDAR UM CLUBE SEM UMA SEDE?

TERIA HAVIDO UM MOMENTO DE DESÂNIMO QUANDO CADA QUAL CONSULTOU AS SUAS PRÓPRIAS POSSES, MUITO PEQUENAS PARA QUEM SE DISPUNHA A UM EMPREENDIMENTO DE VULTO PROPOSTO. NÃO DEMOROU MUITO, PORÉM, E ALGUÉM APARECEU COM A NOTÍCIA DE QUE O ANDAR TÉRREO DE UM VELHO SOBRADO, LOCALIZADO NO NÚMERO 22 DA PRAIA, ESTAVA PARA ALUGAR. A OPORTUNIDADE NÃO FOI PERDIDA E, JÁ NAQUELE LOCAL, UMA REUNIÃO FOI MARCADA PARA A NOITE DE 17 DE NOVEMBRO DE 1895.

JOSÉ AGOSTINHO PEREIRA DA CUNHA, MÁRIO SPÍNOLA, AUGUSTO LOPES, JOSÉ BELIA DA CUNHA MENEZES, MAURÍCIO PEREIRA E NAPOLEÃO COELHO DE OLIVEIRA ASSINARAM A ATA COMO FUNDARORES. DOMINGOS MARQUES DE AZEVEDO, QUE ENTROU NA REUNIÃO “PARA TOMAR CONHECIMENTO DO QUE SE TRATAVA”, FOI ELEITO O PRIMEIRO PRESIDENTE, DEPOIS DE SER CONQUISTADO PELO ENTUSIASMO GERAL. NESTOR BARROS, FELISBERTO BARROSO LAPORT, JOSÉ MARIO LEITÃO DA CUNHA, CARLOS SARDINHA, DESIDÉRIO GUIMARÃES, FRANCISCO LUCCI COLLÁS, EMÍDIO JOSÉ BARBOSA E GEORGE LEUZINGER PARTICIPARAM DA REUNIÃO, DA QUAL FRANCISCO COLLÁS SAIU VICE-PRESIDENTE, NESTOR DE BARROS SAIU SECRETÁRIO E FRANCISCO LAPORT SAÍA O TESOUREIRO.

DUAS FOTOS NO MEIO DA PÁGINA TORCEDORES COM BANDEIRA E BARCO NA ÁGUA COM BÓIA

DEPOIS QUE A “SCYRA” ARVOROU, NO PRIMEIRO PÁREO DISPUTADO PELO FLAMENGO, AS CÔRES MUDARAM E AS VITÓRIAS VIERAM AOS MONTES.

FOTO PÁGINA 23 BARCO

O GRUPO DE REGATAS DO FLAMENGO, UMA REALIDADE

O GRUPO DE REGATAS DO FLAMENGO ESTAVA OFICIALMENTE FUNDADO, MAS OS SEUS IDEALIZADORES PREFERIRAM CONSIGNAR A DATA DE 15 DE NOVEMBRO PARA QUE CADA ANIVERSÁRIO FÔSSE COMEMORADO NO FERIADO DO DIA DA REPÚBLICA: UMA GRANDE DATA PARA O BRASIL, UMA GRANDE DATA PARA O FLAMENGO.

POR TÔDA A BAÍA DA GUANABARA A NOVIDADE CORREU CÉLERE. O FLAMENGO JÁ TINHA O SEU GRUPO DE REGATAS E AGORA PODERIA CONVIVER A CADA REUNIÃO NÁUTICA COM SEUS COIRMÃOS. NAS FESTAS QUE CHEGARIAM A TER CÔRSOS, PALANQUES ENFEITADOS, A ALEGRIA AUMENTARIA COM A PRESENÇA OFICIAL DA ANTIGA PRAIA DA CARIOCA.

MÁRIO SPÍNOLA DEU A IDÉIA: – “NOSSAS CÔRES SERÃO AZUL COMO A GUANABARA, E OURO”. A BANDEIRA TERIA LISTRAS DESSAS CORES E DUAS ÂNCORAS ENTRELAÇADAS SÔBRE O FUNDO NEGRO, COLOCADAS NO CANTO SUPERIOR, JUNTO AO MASTRO, À MODA DA BANDEIRA NORTE-AMERICANA. O UNIFORME CONSTARIA DE CAMISAS TAMBÉM AZUL E OURO, COM BONÉS PRÊTOS, CALÇAS DE BRIM BRANCO, CINTOS E SAPATOS DE LONA BRANCOS, COM SOLA DE BORRACHA PRETA.

ÂNCORAS ENTRELAÇADAS PARA A BANDEIRA

FELISBERTO LAPORT, QUE IMAGINARA AS ÂNCORAS ENTRELAÇADAS, CORRERA AS POUCAS LOJAS DE MODAS DO RIO À PROCURA DE CAMISAS E TODOS CHEGARAM À CONCLUSÃO DE QUE SERIA NECESSÁRIO IMPORTÁ-LAS DA FRANÇA OU DA INGLATERRA. OS HOMENS DO FLAMENGO ANDAVAM E SE CANSAVAM PARA QUE FÔSSE LOGO POSSÍVEL AO GRUPO PARTICIPAR DE UMA COMPETIÇÃO. POUCO TEMPO DEPOIS DA FUNDAÇÃO, ÊLES FORAM APANHADOS DE SURPRÊSA:

A “PHERUZA” FOI ROUBADA. O BARCO, QUE DERA ORIGEM A TODO AQUÊLE ÉLAN DESAPARECEU COMO QUE POR ENCANTO. A PRINCÍPIO ALGUNS JULGARAM TRATAR-SE DE BRINCADEIRA. DEPOIS VEIO A TRISTE CONFIRMAÇÃO: O GRUPO SÓ PODERIA SOBREVIVER SE PUDESSE CONTAR COM UMA NOVA EMBARCAÇÃO.

O NÔVO BARCO, A “SYCRA”, UMA BALEEIRA DE QUATRO REMOS, CHAMAVA-SE “ETOILLE”, QUANDO FOI COMPRADA À UNION DES CAMOTIERS. LEVADA PARA A SEDE-GARAGEM DO FLAMENGO, NO NÚMERO 22 DA PRAIA (HOJE É 66), ALGUNS DE SEUS REMADORES TRATARAM DE RASPAR O ANTIGO NOME E NUMA TARDE DE FEVEREIRO DE 1896, ELA FOI LEVADA PARA GRAGOATÁ, EM NITERÓI, ONDE, NO QUARTO PÁREO DE UMA REGATA OFICIAL, O FLAMENGO FARIA A SUA ESTRÉIA EM COMPETIÇÕES DE REMO.

O NOME DO GRUPO DE REGATAS DO FLAMENGO SURGIU NO NOTICIÁRIO DOS JORNAIS DA ÉPOCA. O BAIRRO ACORDOU ORGULHOSO E OS SEUS REPRESENTANTES ERAM TODOS CONSCIENTES DA RESPONSABILIDADE. OS NERVOS DOS NOVOS REMADORES ESTAVAM À FLOR DA PELE E, AO CONTRÁRIO DOS DEMAIS COMPETIDORES, ÊLES ATRAVESSARAM A BAÍA COM O MESMO SENTIMENTO DE QUEM VAI ENFRENTAR UM LEÃO, DESARMADO.

OUTROS CLUBES JÁ TINHAM EXPERIÊNCIA NAS DISPUTAS E CUIDAVAM DE TODOS OS DETALHES PARA QUE SEUS REMADORES SE APRESENTASSEM EM PERFEITAS CONDIÇÕES. AOS DO GRUPO DE REGATAS DO FLAMENGO SOBRAVA CORAGEM, MAS FALTAVAM MELHORES CONHECIMENTOS. TANTO QUE SEUS PRIMEIROS REMADORES, DOMINGOS MARQUES, HUGO MARIZ, VIZEU GAVOTO E MÁRIO SPÍNOLA, ALMOÇARAM LAUTAMENTE ANTES DA COMPETIÇÃO, NA QUAL A “SCYRA” ARVOROU, À ALTURA DOS DOIS MIL METROS, COM A TRIPULAÇÃO “ENJOADA”.

FOTO PÁGINA 24 PRIMEIRAS GUARNIÇÕES

DO OURO E AZUL AO VERMELHO E PRÊTO

A COMPETIÇÃO DO GRAGOATÁ. ENTRETANTO, MUDARIA MUITA COISA NO FLAMENGO, COMEÇANDO PELAS PRÓPRIAS CÔRES DA BANDEIRA E DAS CAMISAS. A EXPERIÊNCIA ENSINOU TODOS OS CUIDADOS INDISPENSÁVEIS AO PREPARO DE UMA GUARNIÇÃO. O QUE SERIA DECISIVO NO FUTURO GRANDIOSO QUE O CLUBE TERIA NO FUTURO NÁUTICO DO PAÍS, MAS O AZUL E OURO DAS CAMISAS DEMONSTRARAM SUA IMPROPRIEDADE, POIS NÃO RESISTIAM AO CONTATO COM O SOL E O MAR E DESBOTAVAM RÀPIDAMENTE. FOI ASSIM QUE O VERMELHO DOS FLAMINGOS E O PRÊTO, QUE JÁ ESTAVA NOS CANTOS DA BANDEIRA, PASSARAM A SER AS CÔRES OFICIAIS DA MAIOR TORCIDA BRASILEIRA.

A GLORIOSA TRAJETÓRIA DO FLAMENGO NO REMO CARIOCA E BRASILEIRO IRÁ CONTADA NUM CAPÍTULO À PARTE DESTA SÉRIE, MAS É PRECISO QUE SE DIGA, DESDE JÁ, QUE O RUBRO-NEGRO CONQUISTARIA AS SUAS PRIMEIRAS VITÓRIAS EM 1899, COM OS BARCOS “TYMBIRA” E “YPIRANGA”, DEPOIS DO “TUPY” TER ALCANÇADO HONROSO SEGUNDO LUGAR EM 1897, DEMONSTRANDO SENSACIONAL RECUPERAÇÃO APÓS O “SCYRA” TER ARVORADO UM ANO ANTES. EM 1898, COM AS EMBRACAÇÕES “JACY”, “IRERÊ”, “JANDAYA” E “AYMORÉ”, O FLAMENGO TINHA OUTROS SEGUNDOS-LUGARES, MARCANDO DESDE ENTÃO A SUA PRESENÇA NAS ÁGUAS DA GUANABARA, EM TÔRNO DAS QUAIS JÁ LHE AUMENTAVA O NÚMERO DE ADEPTOS.

MAS O NÔVO SÉCULO TEVE INÍCIO, O BARCO “YPIRANGA” VENCEU PARA O FLAMENGO O PÁREO DE HONRA DA REGATA DO CENTENÁRIO. NAQUELE 1900, QUANDO OS NÚMEROS MUDAVAM NO CALEDÁRIO, O “TYMBIRA” VENCIA TAMBÉM O “TROFÉU TORPON” E, DAÍ PARA A FRENTE, SERIA UMA SEQÜÈNCIA DE TRIUNFOS E TÍTULOS, TRANSFORMANDO OS PRIMEIROS IDEAIS DE POUCOS NA CONTAGIANTE ALEGRIA DE MUITOS.

FOTO BARCO E TORCEDORES PÁGINA 25

O NOME DO FLAMENGO APARECIA EM FAIXAS NAS REGATAS, ONDE A TRIPULAÇÃO DO BARCO ABAIXO MOSTRA CAMISAS DIFERENTES.

FIM DA PENÚLTIMA PARTE: 4

VEM AÍ A PARTE FINAL – 5: NÔVO SÉCULO TROUXE A NOVIDADE: O FUTEBOL

ESCRITO COM O PORTUGUÊS DA ÉPOCA! COMO ESCREVIAM BEM OS JORNALISTAS E ESCRITORES!

By Jucele

Julio Leal

Treinador Campeão Mundial U 20 na Austrália em 1993 e Treinador da Base do Flamengo em sua Aurea Fase, quando conquistou o único Título Mundial, no Japão x Liverpool em 1981. Desde janeiro de 1976 a junho d 1982

Parabéns à Escola Campeão do Carnaval em 2024: G.R.E.S. Unidos do Viradouro

Parabéns também à Imperatriz Leopoldinense (vice), Grande Rio (bronze), Salgueiro (quarto), minha Portela (quinto), e a Vila do Martinho e do Ronaldo Severo (sexto) . Essas fazem o desfile das Campeãs no Sábado!

2 comentários Adicione o seu

  1. Avatar de Ronaldo Luís Vidão Ronaldo Luís Vidão disse:

    Gratidão pelo carinho da lembrança. Vila Isabel 💙

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    1. Avatar de Julio Cesar Leal Julio Cesar Leal disse:

      Mesmas cores da Portela! Assistia a ensaio geral da Portela naqueles anos em que ganhou umas 20 vezes, Na Carolina Machado, onde eu morava e o Natal, Nil e Nesinho tb! Abraço

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