6 – Mario Tito: só de 1 (um) minuto de silêncio…

6 – Mario Tito: só de 1 (um) minuto de silêncio…

Após jogar no Olaria Atlético Clube entre 67 e 69, na Escolinha (até 17 anos – Campeão Carioca), no Infanto e no Juvenil, fui estagiar no Profissional em 1972, a convite do saudoso Professor Arnaldo Cavalcante Belota, por recomendação do Professor Ênio Farias.

Estava no 3º. e último ano da Faculdade, tinha 21 anos, à época a equipe Principal do Olá era uma potência, disputava a principal divisão do Brasileiro com o apoio do Benemérito Sr. Álvaro da Costa Melo, sob a Presidência dos Sr.s Dr.s Raymundo Jomery Calomeni e Edmundo dos Santos Cigarro. Fazia Bonito!

Havia jovens Pratas-da-Casa, Gilberto e Ronaldo que jogaram comigo na Escolinha, Batata, Pirulito, Lulinha, Rubens, Ronaldo Boca, Beto e outros, também os jogadores mais maduros, com mais de 30 anos, alguns com 36 e 37, vários com passagens por clubes de grande investimento (não há clube grande ou pequeno) e pela Seleção Nacional, como o Garrincha (ele mesmo, o que junto com Pelé jamais perdeu um jogo na Seleção, o das pernas tortas (uma genuvalgum, a outra varum), “A Alegria do Povo”, que terá aqui um estória só sua nessa passagem. Jair Pereira, Roberto Pinto, Jorge Vitório, Mickey, Salvador, Altivo (jogou ao lado do Rei no Santos) e um, em especial que aqui homenageio: Mario Tito.

À época, com uns 32 anos, campeão carioca com o Bangu, em 1966, em um timaço: Ubirajara, Fidélis, Mário Tito, Luís Alberto e Ari Clemente; Jaime e Ocimar; Paulo Borges, Ladeira, Cabralzinho e Aladim. O técnico era Alfredo Gonzalez. Jogou no Cruzeiro e Galícia-Bahia, acho que na Seleção também, em 1963. Era quem chegava mais cedo todos os dias (não morava perto da Bariri), treinava como os garotos, exemplo de honestidade e lealdade, ao seu jeito, caladão, ajudava a unir o grupo…um elenco alegre, brincalhão, puxado pelo Mané e seus lagartos (aquele puxão com 2 dedos no bíceps ou trapézio). Os mais jovens, sobretudo, brincavam com ele, Mario Tito, no tempo em que não havia “bullying” nem mimimi… Sendo um pouco gago, tentavam deixá-lo nervoso, quando piorava a fala, o imitavam, contavam piada de gago, mas ele ria no canto da boca, e do alto dos seus quase 1m90, disparava: “nananão fafafaçam iisso cocomigo quequeque sósó de miminuto dede ssilêncio tetenho mamais dodo que vovocês de iidade!” Ríamos todos, e o abraçavam, era como um Pai!

Grande Mario Tito, um baita cara bom! Honestidade era seu nome, e sei por que estou a falar!

Ele o primeiro a chegar, eu o segundo para pegar o peso, muito conversamos até a chegada do terceiro.

Com todo o carinho e respeito!

Deus o abençoe no Céu, Mario Tito, e Família!