7a. COPA
1962
O milagre do bi começou quando o Brasil
Mostrou que, com Pelé ou sem Pelé, ganhava,
principalmente com Garrincha em recital.
O bi era uma questão de honra. Tanto que se
Organizou uma verdadeira operação de
Guerra para conquista-lo. Talvez nem
mesmo em Cabo Kennedy ou Baikomur
uma tarefa tenha sido tão esmiuçada e testada, ponto
por ponto. Assim, na era da conquista do Cosmos, o
foguete brasileiro era a bola. A tal ponto que o time
desembarcou no Chile preparado para tudo. Até para
jogar sem Pelé, como jogou e ganhou. Quando ele se
machucou houve um certo pânico. Pelé era o maior
jogador do mundo e, em consequência, o ponto de
desequilíbrio em qualquer partida de futebol. Mas
Amarildo estava preparado para ocupar o seu lugar.
E foi justamente ele quem traçou o destino do Brasil
naquela Copa, com os dois gols marcados contra a
Espanha. A partir dali tudo ficou mais fácil. Nos 3 x 1
contra a Inglaterra, o time já recuperara a confiança
Na sua força, com Garrincha mais Mané do que
Nunca, em pleno recital, cercado de Joões por todos
Os lados. Mas um Garrincha bem brasileiro,
vencedor. Uma espécie de El Cid, galopando seu
futebol em todas as direções. E na linha reta da
vitória final que ele, Garrincha – mais do que
nunca a alegria do povo – ajudou a ganhar.
Historicamente, o bi consagrou uma das mais
privilegiadas gerações do futebol brasileiro. É
verdade que Pelé reinava. Mas ninguém discutia os
talentos e as lideranças de Zito e Didi, que faziam
do Brasil um time de dois corações. Um time que,
além de tudo, contava com Gilmar, Nilton e Djalma
Santos, Mauro, Vavá mais leão do que nunca,
Zagalo, Zózimo e outros heróis do bi.
A fórmula do sucesso, no Chile:
O talento e a garra de 58
Amadurecidos numa equipe que atingia,
Então, seu verdadeiro apogeu
Tecnicamente, o Brasil ainda
estava em vantagem diante do
Mundo, em 62. Sua tática e sua
estratégia prevaleciam. E Aymoré
Moreira – executivo de Vicente Feola –
se aproveitou muito bem disso. Inclusive
com pequenos artifícios, explorando a
euforia técnica de Garrincha, o único para
quem os sistemas não contavam. E
aproveitando a capacidade de organização
de Zagalo, o terceiro elo de ligação entre a
defesa e o ataque. Tinha-se, na realidade, a
garra e o talento de 58, mais amadurecidos.
O Brasil era
tão melhor que
o mundo,
junto,
não ganharia dele
Esse condicionamento
do time foi
indispensável nas
duas partidas
decisivas, contra o Chile e a
Tchecoslováquia. Os chilenos
estavam embalados. E em
casa onde, nas circunstâncias
de uma Copa do Mundo,
eram temíveis adversários.
Não tanto, porém, para a
Arte de Garrincha e a valentia de Vavá.
Cada um deles fez dois gols e o Chile
caiu por 4 x 2. A decisão
contra a Tchecoslováquia foi
a consagração. Naquele dia o
Brasil não perderia nem para
o escrete do mundo, tão superior era o seu futebol.
1962 – Local: Chile
Campeão: Brasil
OITAVAS – DE – FINAL
GRUPO I (Iugoslávia e URSS)
Uruguai 2 x 1 Colômbia
URSS 2 x O Iugoslávia
Iugoslávia 3 x 1 Uruguai
URSS 4 x 4 Colômbia
Iugoslávia 5 x 0 Colômbia
URSS 2 x 1 Uruguai
Grupo II (Chile e Alemanha Ocidental)
Chile 3 x 1 Suíça
Itália 0 x 0 Alemanha Ocidental
Chile 2 x 0 Itália
Alemanha Ocidental 2 x 1 Suíça
Alemanha Ocidental 2 x 1 Chile
Itália 3 x 1 Suíça
Grupo III (Brasil e Tchecoslováquia)
Brasil 2 x 0 México
Brasil:
Gilmar;
Djalma Santos, Mauro, Zózimo e Nilton Santos;
Zito e Didi;
Garrincha, Vavá, Pelé e Zagalo
Gols: Pelé e Zagalo
Tchecoslováquia 1 x 0 Espanha
Brasil 0 x 0 Tchecoslováquia
Brasil: o mesmo time
Espanha 1 x 0 México
México 3 x 1 Tchecoslováquia
Brasil 2 x 1 Espanha
Brasil: mesmo time com Amarildo no lugar de Pelé
Gols: Amarildo (2) e Abelardo
GRUPO IV (Inglaterra e Hungria)
Argentina 1 x 0 Bulgária
Hungria 3 x 1 Inglaterra
Inglaterra 3 x 1 Argentina
Hungria 6 x 1 Bulgária
Argentina 0 x 0 Hungria
Inglaterra 0 x 0 Bulgária
QUARTAS – DE – FINAL
Chile 2 x 0 URSS
Iugoslávia 1 x 0 Alemanha Ocidental
Tchecoslováquia 1 x 0 Hungria
Brasil 3 x 1 Inglaterra
Brasil: o mesmo time anterior
Gols: Garrincha (2), Vavá e Hitchens
SEMIFINAIS
Tchecoslováquia 3 x 1 Iugoslávia
Brasil 4 x 2 Chile
Brasil: o mesmo time
Gols: Garrincha (2), Vavá (2), Toro e Leonel
FINAL:
Brasil 3 x 1 Tchecoslováquia
Brasil:
Gilmar;
Djalma Santos, Mauro, Zózimo e Nilton Santos;
Zito e Didi;
Garrincha, Vavá, Amarildo e Zagalo
Tchecoslováquia:
Schroll; Ticky, Novak, Pluskal, Masopust,
Pospichal. Scherer, Kvasnak, Kadraba, Jelinek.
Gols: Amarildo, Zito, Vavá e Masopust
Juiz: Latichev, da IRSS
Artilheiros: Garrincha (Brasil), Vavá (Brasil),
Albert (Hungria), Leonel Sanchez (Chile),
Jenkovic (Iugoslávia) e Ivanov (URSS), com 4 gols.
A História da Copa do Mundo: 50 anos de emoção e gol.
Até 1982
History of The World Cup: 50 years of emotion and goal
CBF

Sem Pelé o Brasil não parou, tinha outros personagens como Zito, que fez um gol de cabeça amortecendo a bola perto da linha de gol, que poucos teriam capacidade para fazer.

Os heróis do bi. Em pé (da esquerda para a direita) Djalma Santos, Zito, Gilmar, Zózimo, Nilton Santos e Mauro. Agachados: Garrincha, Didi, Vavá, Amarildo e Zagalo

A Triangulação do Brasil era perfeita em todos os setores do campo. No plano individual, havia autênticos recitais. E um simples passe, como esse de Amarildo ou Nilton Santos, era uma jogada de precisão.

Momentos decisivos: Garrincha com seus Joões Tchecos, na final de 62. Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação brasileira, ergue a “Taça Jules Rimet”; O Técnico Aymoré Moreira no vestiário da vitória.

Garrincha e seus Joões.
P.S. – O mesmo Sistema foi utilizado pelo Brasil, praticamente com os mesmos jogadores: o G – 4 – 2 – 4 mais evoluído para o 4 – 3 – 3 com o recuo do Zagalo que ajudava Zito e Didi no meio de campo, dominando geralmente só 2 adversários oponentes, tanto com a bola quanto sem ela, além de criar espaços para a movimentação dos atacantes e do Lateral Nilton Santos que podia avançar sentindo-se coberto.
A destacar Amarildo, que substituiu Pelé, contundido e teve brilhantes atuações, mascando gols decisivos e criando espaços para a movimentação dos meias.
Mauro substituiu Belini como Capitão e levantou a Taça. Djalma Santos, Nilton Santo e Didi, 3a. Copa
Garrincha desequilibrou!
By Jucele
Julio Leal
2021
Parabéns Brasil. Valeu.
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Rumo ao hexa… Bj
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