6ª. COPA
1958
Enfim, após 28 anos de sofrimentos e desilusões,
a primeira grande vitória do futebol brasileiro, no embalo
das artes de Pelé, Garrincha e do Escrete de Ouro
Enfim, o dia do
caçador. A vez
do Escrete de Ouro , o
time que fez de
Garrincha a alegria do povo.
E de Pelé – aos 17 anos –
o rei do futebol. Uma equipe
que, não bastassem Pelé e
Garrincha, ainda tinha Didi,
Nilton Santos, Vavá, Belllini,
Zagalo, Orlando, Gilmar,
Zito e Djalma Santos, que só
precisou de um jogo para ser
herói nacional. Na Suécia,
sim, o Brasil tinha tudo: o
timaço, a organização perfeita
e a tática revolucionária.
Pôde, então, realizar os eu
sonho de 28 anos. E tão
surpreendente foi a sua
atuação, na Copa de 58, que
os filmes dos jogos são
exibidos até hoje no mundo
inteiro, como autênticas aulas
de futebol.
Quando o time
voltou, coberto de
glória, o povo cantou
e dançou.
Nunca um time começara tão
desacreditado quanto esse. A
CBD fora reorganizada por
João Havelange. A seleção
também. Logo a seguir ele oficializou
O Plano Paulo Machado de Carvalho,
que revolucionava todo o sistema
administrativo do futebol brasileiro.
Do ponto de vista popular, a idéia de
uma Comissão Técnica agradava. Mas
ainda havia quem não acreditasse em
Vicente Feola como técnico e em
Carlos Nascimento como Supervisor.
No final, os dois acabariam
consagrados, ao lado dos seus
jogadores. Era a hora do reverso da
medalha: o time que embarcara
cercado de pessimismo voltou coberto
de serpentinas. E festejado com um
carnaval inesquecível.
Foi um título conquistado no
peito e na raça, drible a drible, gol a gol,
vitória a vitória, até o fim
Dois fatores foram decisivos para a vitória brasileira na Suécia, a
união e a garra dos jogadores. Eram, todos, amigos inseparáveis e
ninguém se distinguia como titular ou reserva. Na realidade, não
havia vedetes. Talvez por isso o espírito de luta de cada um tenha
aflorado nas horas decisivas. Mesmo quando a seleção sofreu mudanças
radicais, a ordem foi mantida. Ainda tentaram criar uma pequena mitologia ao redor das escalações de Pelé e Garrincha. A verdade daquele time, porém, foi escrita do primeiro ao último chute, em campo, drible a drible, gol a gol, vitória a vitória. Até a conquista da “Jules Rimet”, sonho de 28 anos.
1958 – Local: Suécia
Campeão: Brasil
ELIMINATÓRIAS
Brasil 1 x 1 Peru (Lima)
Brasil 1 x 0 Peru (Rio)
Em Lima. Gols de Índio e Terry; no Rio, gol de Didi
Time-base:
Gilmar;
Djalma Santos e Belini;
Roberto, Zózimo e Nilton Santos;
Joel, Índio, Evaristo, Didi e Garrinha.
A Venezuela desistiu das Eliminatórias.
OITAVAS-DE-FINAL
GRUPO I: Alemanha Ocidental e Irlanda
Irlanda 1 x 0 Tchecoslováquia
Alemanha Ocidental 3 x 1 Argentina
Argentina 3 x 1 Irlanda
Alemanha Ocidental 2 x 2 Irlanda
Alemanha Ocidental 2 x 2 Tchecoslováquia
Tchecoslováquia 6 x 1 Argentina
Grupo II: França e Iugoslávia
França 7 x 3 Paraguai
Iugoslávia 1 x 1 Escócia
Paraguai 3 x 2 Escócia
Iugoslávia 3 x 2 França
Iugoslávia 3 x 3 Paraguai
França 2 x 1 Escócia
Grupo III: Suécia e País de Gales
Suécia 3 x 0 México
País de Gales 1 x 1 Hungria
México 1 x 1 País de Gales
Suécia 2 x 1 Hungria
Suécia 0 x 0 País de Gales
Hungria 4 x 0 México
Grupo IV: Brasil e URSS
Brasil 3 x 0 Áustria
Brasil:
Gilmar;
De Sordi, Belini, Orlando e Nilton Santos;
Dino Sani e Didi;
Joel, Mazzola, Dida e Zagallo.
Gols: Mazzola (2) e Nilton Santos.
Brasil 0 x 0 Inglaterra
Brasil: Vavá no lugar de Dida
Juiz: Dush da Alemanha
URSS 2 x 0 Áustria
Inglaterra 2 x 2 Áustria
Brasil 2 x 0 URSS
Brasil: Pelé no lugar de Mazzola, Zito no de Dino Sani e Garrincha no de Joel
Gols: Vavá (2)
URSS 1 x 0 Inglaterra (desempate)
QUARTAS-DE-FINAL
Suécia 2 x 0 URSS
Alemanha Ocidental 1 x 0 Iugoslávia
França 4 x 0 Irlanda
Brasil 1 x 0 País de Gales
Brasil: O mesmo time anterior
Gol: Pelé
Juiz Seipeit, da Áustria
SEMI-FINAIS
Suécia 3 x 1 Alemanha Ocidental
Brasil 5 x 2 França
Brasil: mesmo time
Gols: Vavá, Didi, Pelé (3), Plantoni e Justin Fontaine
FINAL
Brasil 5 x 2 Suécia
Brasil:
Gilmar;
Djalma Santos, Belini, Orlando e Nilton Santos;
Zito e Didi;
Garrincha, Vavá, Pelé e Zagalo
Suécia:
Svensson;
Bergmark e Axbon;
Borgesson, Gustatson e Parling;
Gren, Simonsen, Leidholm, Hamrim e Skoglund.
Gols: Vavá (2), Pelé (2), e Zagallo, Liedholm e Simonsen
Juiz: Guiguet, da França.
Artilheiro: Just Fontaine (França), com 13 gols.

5º. Gol: Brasil x Suécia

Imprevisível Mané Garrincha deixa caídos os Joões

Pelé se ajoelha quando o Juiz termina o jogo

Delegação Brasileira – 58

Time Brasileiro na Final

P.S. por Julio Leal:
Após um terceiro lugar e um vice, batendo na trave, finalmente o Brasil conquistou o Título.
Nada é fácil na vida, nem é no futebol, o acúmulo de experiências, acertos e erros que levou ao desenvolvimento. A manutenção de Djalma Santos, Nilton Santos e Didi deverá ter sido de grande importância, jogando e enfrentando o timaço da Hungria na Copa anterior. Interessante que nenhum delem foi o Capitão, Belini foi o escolhido para comandar e levantar a Taça.
Nessa Copa, pela primeira vez Seleções apresentaram-se no Sistema de Jogo G – 4 – 2 – 4
Goleiro;
Zagueiro Lateral – Zagueiro Central – Zagueiro Central – Zagueiro Lateral;
Meia – Meia;
Atacante de Ponta – Atacante Ponta de Lança – Atacante Ponta de Lança – Atacante de Ponta
Inclusive o Brasil em sua escalação. Entretanto com a confirmação de Zagalo (à época com um ele) como ponta esquerda, a Seleção dava um passo para o futuro na direção do G – 4 – 3 – 3, surpreendendo os adversários, reforçando o meio-campo e a lateral do campo.
A História da Copa do Mundo: 50 anos de emoção e gol. CBF
By Jucele
Julio Leal
2021
Parabéns Brasil. Valeu.
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Primeiro de 5! Primeira formação de 4 2 4, e com características de 4 3 3. Alguns ainda usaram o 3 2 5
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