Setembro de 1981.
Jenny Spinola Motta
História de um nome…
Jenny
Vivia feliz com meu nome.
pequenino, gracioso,
apenas complicado na hora de ser escrito.
De repente surgiu para desgosto meu
e de muitas outras “Jenny”,
a música do Sr. Chico Buarque com letra
realmente injuriosa até mesmo ofensiva!
Compositor famoso ele é.
Não precisando de promoção.
Com belas composições já havia
atingido fama, glória, vida própria…
Porque então agredir? E de forma tão cruel!
Nome inofensivo usado por tanta gente!
Fiquei encabulada, envergonhada de pronunciar
o meu próprio nome! Escondia-me para evitar caçoadas!
Quase não saio de casa, não exerço profissão,
imagino o sufoco que passaram minhas xarás
que profissionalmente lidam com o povo
principalmente com as crianças!
Quanta maldade!
Minhas xarás o azar foi nosso!
Garanto que na família dele
não tem ninguém com esse nome!
Até mesmo sua mãezinha não é Jenny,
e nem o senhor seu pai Genival…
O que dói e dói mesmo para valer
é saber que outros nomes próprios
já foram tocados, contados e cantados
em verso e prosa de maneira sutil e gostosa!
Só a Jenny coitadinha foi assim…
Aviltada, difamada, debochada…
Felizmente a tal música passou…
Já emudeceram as vitrolas;
O tempo que é meu amigo
há de levar bem pra longe
para os confins do esquecimento
essa passagem tão triste na
história do meu nome Jenny!
Urgente:
Jesus que é todo bondade
acabando de ler esse meu sincero desabafo
mandou-me logo um recado –
Minha poeta Jenny, e outras tantas Jenny,
“há males que vêm para o bem”!
Daqui para a frente toda a Jenny
que no seu reino vier morar,
será recebida com flores!
Terá sua fronte cingida
permanentemente com rosas
de variadas cores e sempre
muito muito cheirosas!
Assim seja!
Valeu a pena sofrermos!
Jenny
By Jucele
Julio Leal
2020
Conforme escrito na Ortografia da época!
Mensagem 35, página 40



Nota de Julio Leal: maldito Chico Buarque pelo mal que fez à Tia Jenny e às “Geni”.
Muito boa. Valeu.
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Briga boa, ficou o que tinha que ser… Jenny!
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