11 – Diego Souza: Palmas para o Supervisor e para o Treinador

         A Ilha do Governador era um celeiro de craques, Nilton Santos, Nilson Santos, Brito e Roberto Carlos, havia muitos campos, clubes e times bons.

         Após parar de jogar futebol pelo Esporte Clube Cocotá, um grupo de Amigos formou um time de Futebol de Salão, o “Banana Mecânica” plagiando a “Laranja Mecânica” o Carrossel Holandês”, que jogava às segundas-feiras à noite e lotava o clube que só abria para aquele evento, tendo ficado mais de 2 (dois) anos invicto, desafiado por grandes times e bons jogadores.

Poderá ter sua estória, nossa Banana Mecânica…

Daquele grupo formou-se outro, maior, de espectro mais amplo, incluindo Amigos-Jogadores de outros clubes da Ilha: Santa Rita, Royal, Zumbi, Guarabu, Vila Panamericana (desse veio o Marquinho) e outros. Era um grupo de pelada, inicialmente jogávamos numa praça no Jardim Guanabara, depois Área de Lazer da Varig, Sargentos e Oficiais da Aeronáutica e a Infraero onde jogou-se por muito tempo, e foi lá que aconteceu o surgimento de um insulano que levou o nome da Ilha para além-mar: Diego Souza.

Às 7 horas os dois times da primeira pelada já estavam completos, mas o jogo só começava às 8, porque era servido lauto café, preparado pelo Cidinho, botafoguense, Goleiro e grande colaborador, depois a segunda pelada, onde jogavam os que chegaram mais tarde. Por fim, um almoço regado a cerveja, 5 (cinco) caixas por sábado, que deu o nome ao Grupo da Pelada, Ala da União da Ilha e da Banda: Inimigos da Bebida! Ainda existe!

O grupo foi ficando mais velho e os filhos começaram a aparecer… num dos muitos sábados, vi o filho do Marquinho jogar, tinha uns 14 anos e jogando no meio de veteranos, mesmo assim apresentou desempenho físico e técnico que chamava a atenção, descalço, corria por toda parte, defendia, dava assistências e fazia gols. Num dia de folga do Mano Jairo Leal, de férias no Brasil, chamei-o para ver o garoto Diego, filho do Marquinhos (ótimo jogador e um grande cara), por confiar no seu olho clínico, muito mais apurado do que o meu. Sem saber que o estávamos a observar, o jovem rapaz ainda magro, boa altura, pés grandes descalços, mostrou suas qualidades e talento. O indicamos, então ao Amigo e Mentor Prof. Ênio Ricardo Farias, Supervisor das Categorias de Base do Fluminense F.C. no Rio.

Marcada uma data para o teste, avisamos Pai e Filho da oportunidade, que foram ao local no dia e hora marcados. Após o treino Professor Ênio nos ligou dizendo que o jovem insulano não fôra bem, que o Treinador-Assistente recomendou sua liberação, mas ele, Supervisor, com toda sua experiência insistiu que fosse dada uma nova oportunidade ao jogador, pois quem o indicara era do ramo e o vira jogar (ainda que entre mais velhos e sem chuteiras). O próprio Pai nos disse que o filho realmente não treinou bem, mas foi mandado retornar no dia seguinte, sem saber dos detalhes da conversa entre o Supervisor e o Assistente-Técnico. No treino seguinte, o Treinador Titular, acho que Robertinho,  foi quem comandou a atividade, voltando de viagem a trabalho. Encerrado o treino, impressionado com as qualidades do jovem Diego, mandou logo registrar.

Incrível, num dia quase dispensado (não fosse a sensibilidade do Supervisor) no outro, aprovado de pronto! Algumas possíveis carreiras podem não haverem se concretizado por situações semelhantes, pois alguns desistem quando limados.

Graças a Deus aconteceu assim e o Futebol Brasileiro ganhou um grande jogador, muito forte, hábil e goleador. Começou jogando sempre com 2 (dois) anos antes do limite da categoria, como médio-volante, foi sendo adiantado para mais perto do gol adversário, como meia-ofensivo e finalmente atacante, comandante de ataque e goleador, referência. Jogou em diversos clubes grande brasileiros, nos 4 (quatro) do Rio (raro), no Benfica de Portugal e nas Seleções Brasileiras de Base, Olímpica e Principal.

Assim que me lembro do “causo”, sem pretensão de desmerecer qualquer, apenas para que Treinadores, Assistentes e Supervisores tenham sempre atenção, paciência, leiam nas entrelinhas e percebam o oculto. Quanto aos jovens jogadores, que sejam perseverantes, insistam, aproveitem da melhor forma cada oportunidade, pois podem mudar seu destino, da sua Família e da Comunidade.

Há um jogador que levantou Copa do Mundo que foi liberado, dispensado e\ou reprovado em 9 testes, até que no 10º. foi aprovado (num dos que antes já estivera) e chegou à Seleção.

Estorinhas… nada mais! Se a um que seja puder ajudar… pago-me da tarefa.

Parabéns, Marquinho e Esposa! Seu apoio foi fundamental.

Maktub, Diego Souza, estava escrito, se não, agora está! Desculpe algum engano, assim que me lembro!

Diego de Souza Andrade, conhecido como Diego Souza, nascido a 17 de Junho de 1985, no Rio de Janeiro.

Clubes onde atuou: Fluminense (duas vezes), Flamengo, Benfica, Grêmio duas vezes), Palmeiras, Atlético Mineiro, Vasco da Gama, Al Itthad, Cruzeiro, Metalist Kharkiv, Sport Recife (duas vezes), São Paulo e Botafogo.

Salva de palmas, principalmente, ao Diego Souza e Sua Bela Família! Parabéns!! Bela carreira!

Diego Souza anunciou sua Aposentadoria neste ano de 2024.

Diego Souza – Fluminense Football Clube – onde começou.

Diego Souza – Seleção Brasileira

P.S. Hoje, 12 de Abril aniversariava um cara bom, Amigo. Médico dos Bons, Campeão do Mundo em 1993. Não sei se Ele nasceu pra o Futebol ou o Futebol que nasceu para Ele. Deus o tenha!

P.S. 2 – Último dia da idade velha deste que lhe escreve! Acordei cedo para aproveitar o restinho das 24 horas.

P.S. 3 – Ontem, dia 11, aniversario meu Filho Julio Neto que trabalhou o dia inteiro: o trabalho dignifica o Homem! Parabéns!

By Jucele

Julio Leal

Agosto de 2022. Atualizado em 02 de Novembro de 2023. Atualizado em 12 de Abril de 224

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